
O meu amor me disse, ponteiros em meia-noite, uma, duas, três ou quatro palavras.
Naquela hora em que não tinha mais respostas, ele insistia, ponteiros, a girar.
Uma, duas, três ou quatro palavras.
Naquela hora em que já dormia, para uma outra vida.
E ele insistia.
Uma palavra cedeu, apelo sem sustento, caiu sobre o meu corpo e veio a me acordar – me assustou inclusive.
Eu enxerguei
Ponteiros sem horas, eram apenas as palavras.
Uma, duas, três.
E eu as ouvia
Uma, duas, três.
Uma, duas, três.
Numa outra vida da noite, onde eram apenas as palavras.